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Hipnose forense: saiba como ela funciona

 

Uma vítima deitada em um divã e um hipnotizador a tratando para descobrir pistas que solucionem um crime cometido há dias, semanas ou até anos atrás. Parece um cenário de seriado policial americano, porém essa realidade está bem mais próxima do que parece.

Hipnos, deus grego do sono restaurador, dá nome a técnica da hipnose. Essa prática tem seus primeiros relatos no século 18, e desde então está sendo aprimorada. A hipnose consiste em levar o paciente para um estado entre a consciência e o sono, também chamado de transe. Qualquer dado usado em fóruns judiciais é chamado de forense, no caso de crimes ele está relacionado com o uso da tecnologia e da ciência como ferramenta de investigação.

A indução ao transe é feita a partir de frases monótonas do profissional ou com a ajuda de um objeto para cansar os olhos, como um pêndulo. Essa técnica exige muito treinamento e, apesar de êxito improvável de um leigo no assu nto, não deve ser praticada sem o acompanhamento de um hipnotizador.

 

O Paraná foi o primeiro estado do Brasil a utilizar a hipnose forense, começou nos anos 80, mas cerca de 5 anos atrás o setor foi desativado por falta de profissionais capacitados.

Atualmente a RW Peritos conta com um colaborador especialista em hipnose forense. Devido a questões éticas e legais, essa técnica só pode ser utilizada em pessoas que não estejam presas e que estejam de acordo com o uso da hipnose, por isso ela se limita a testemunhas e vítimas.

Apesar de bastante convincente, os relatos provenientes da hipnose forense não podem ser validados como provas, já que a mente humana pode construir memórias e enganar a nós mesmos. Porém, uma placa de carro ou um retrato falado podem e são utilizados como pistas, por exemplo: se uma placa é a mesma de um suspeito ou de alguém com histórico de ocorrências, há a investigação desse indivíduo. Entre os anos de 1999 e 2009 foram resolvidos mais de mil casos no Paraná, segundo o Laboratório de Hipnose Forense do Paraná.